
O grande sismo ocorrido próximo da península de Kamtchatka, no extremo leste da Rússia, disparou na noite desta quarta (30, manhã no Brasil) uma erupção no maior vulcão ativo de toda a Eurásia, o Kliutchevskoi.
Também conhecido como monte Kliutchevskaia, na formulação gramatical completa, ele tem 4.750 metros e tem atividade registrada desde 1697. Sua idade é estimada em 7.000 anos.
É um estratovulcão, tipo de vulcão de forma cônica que atinge grande altitude sedimentando camadas alternadas de magma solidificado e outros materiais, como cinzas e pedras vulcânicas. É o mesmo tipo do Eyjafjallajöekull, famoso por sua erupção de 2010 que causou caos aéreo na Europa. As informações são da Folha de S. Paulo.
Ainda não há muitos detalhes acerca da erupção, relatada pela agência russa RIA e confirmada pela Folha com uma agência turística que opera na região. “Lava quente foi avistada descendo pela encosta oeste. Forte brilho sobre o vulcão, explosões”, escreveu no Telegram o Serviço Geofísico Unificado da Academia de Ciências da Rússia.
Sempre há grupos de visitantes circulando pela área, que tem estrutura com cabanas de madeira estatais e áreas de acampamento.
O risco para essas pessoas em tese é baixo, pois os regulamentos da região não permitem aproximação sem autorização especial a menos de 5 km da base do vulcão, que é bastante ativo e tem outros dois cones, o Kamen e o Bezimianni, próximos. De lá já é possível sentir o solo em constante tremor.
Toda a área é esparsamente povoada. A maior vila, que serve de base para quem faz “trekking” por lá, é Kozirevsk. Ela tem apenas 1.200 moradores, na mais recente contagem, e vive também da exploração de madeira das florestas locais.
O Kliutchevskoi, um dos 29 vulcões ativos de Kamtchatka, fica a cerca de 500 km ao norte da capital regional, Petropavlovsk-Kamtchatski, que passou o dia sofrendo tremores secundários após o susto do grande terremoto de 8,8 graus na escala Richter.