
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para rejeitar quatro ações que pediam o impedimento dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin no julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022. O presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, relator dos pedidos, votou contra os questionamentos e foi acompanhado pela maioria dos ministros.
As ações foram movidas por investigados no caso. A defesa do general Mario Fernandes contestou a participação de Flávio Dino, alegando que, como ex-ministro da Justiça, ele teria atuado diretamente nas investigações sobre os atos do 8 de janeiro de 2023. Já Walter Braga Netto questionou a imparcialidade de Moraes, sob o argumento de que a denúncia da PGR associa a tentativa de golpe a um plano para assassiná-lo, além do presidente Lula e do vice Geraldo Alckmin. O ex-presidente Jair Bolsonaro protocolou outros dois pedidos, um contra Dino, por uma queixa-crime apresentada em 2021, e outro contra Zanin, por seu histórico como advogado de Lula.
O julgamento ocorre no plenário virtual do STF, aberto excepcionalmente nesta quarta-feira (19), com prazo para votação até quinta-feira (20). A análise da denúncia da PGR contra Bolsonaro e outros envolvidos no caso está marcada para os dias 25 e 26 de março, pela Primeira Turma do STF, composta por Zanin, Moraes, Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux.
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