O Congresso Nacional retomará os trabalhos em fevereiro com mudanças na liderança de bancadas partidárias, o que pode impactar a articulação do governo Lula. O PT terá novos líderes nas duas Casas Legislativas, enquanto o PL, principal partido de oposição, trocará seu líder na Câmara dos Deputados. O União Brasil, que tem representantes em ministérios, ainda não definiu seu novo coordenador na Câmara, após um impasse interno que adiou a escolha do substituto de Elmar Nascimento (BA).

Na Câmara, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) assumirá a liderança do PT no lugar de Odair Cunha (MG), prometendo um tom mais moderado, apesar de sua postura crítica ao Banco Central e à política econômica. No PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), da bancada evangélica, substituirá Altineu Côrtes (RJ) e deverá pressionar pautas conservadoras, como a criminalização do aborto. No PSB, Pedro Campos (PE), irmão do prefeito do Recife, João Campos, deve assumir a liderança, enquanto o Republicanos escolherá um novo representante caso Hugo Motta (PB) seja eleito presidente da Câmara.

No Senado, Rogério Carvalho (PT-SE) será o novo líder do PT, substituindo Beto Faro (PA), e Omar Aziz (PSD-AM) assumirá o comando do PSD, enquanto Otto Alencar (BA) é cotado para presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Alguns partidos, como União Brasil e PL, devem manter seus atuais líderes, com Efraim Filho (PB) e Carlos Portinho (RJ), respectivamente. Com as mudanças, o governo terá que lidar com um novo arranjo político e com a influência do centrão sobre a pauta legislativa em 2024.

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