Dia do Orgulho Autista reforça luta por respeito, inclusão e visibilidade

Celebrado em 18 de junho, o Dia Mundial do Orgulho Autista busca reforçar o respeito, a inclusão e a visibilidade das pessoas no espectro autista. A data representa a luta de autistas e suas famílias por reconhecimento e pertencimento em uma sociedade ainda marcada pelo preconceito. No Brasil, segundo dados do IBGE de 2022, há cerca de 2,4 milhões de pessoas com diagnóstico de autismo — sendo mais de 105 mil em Pernambuco. Especialistas alertam para a provável subnotificação, diante do aumento nos diagnósticos nos últimos anos.

A psicóloga Frínea Andrade, mãe de um adolescente com autismo nível 3 de suporte, destaca a importância da data. “É uma oportunidade de apoiar pessoas com autismo e suas famílias em uma luta que, pouco a pouco, vem ganhando espaço e reconhecimento. Também é um momento de combater estereótipos, respeitar as individualidades e aprender a conviver com as diferenças”, afirma. Para ela, embora a caminhada ainda seja longa, cada passo conta: “Sei que meu filho talvez não usufrua de todas as mudanças pelas quais luto, mas tenho esperança de que as próximas gerações cresçam em uma sociedade mais acolhedora com as pessoas neurodivergentes.”

Frínea lembra que o autismo não é uma doença, mas uma forma diferente de existir. Os sinais do transtorno do espectro autista (TEA) variam em intensidade e costumam aparecer na infância, embora o diagnóstico em adultos esteja se tornando mais frequente. “É importante entender que o autismo não se agrava com a idade. Mas quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciadas as intervenções, maior será a autonomia e a qualidade de vida da pessoa”, explica. A psicóloga também atribui o crescimento nos diagnósticos ao maior preparo dos profissionais e ao acesso ampliado à informação, além de fatores genéticos e ambientais que ainda estão sendo estudados.

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