Artrose no pé e tornozelo pode comprometer a mobilidade com o passar dos anos

Sentir dor ao caminhar, dificuldade para calçar os sapatos ou até mesmo para subir um degrau pode indicar um problema mais sério. A artrose no pé e no tornozelo, embora pouco comentada, é uma condição incapacitante que atinge principalmente idosos e pessoas com lesões articulares prévias, como entorses e fraturas mal tratadas. Comum entre pessoas com mais de 50 anos, a artrose é uma doença degenerativa e inflamatória das articulações, que provoca o desgaste da cartilagem responsável por proteger e amortecer os ossos durante o movimento. Quando afeta os pés e tornozelos, pode limitar drasticamente a mobilidade e comprometer atividades como andar, subir escadas ou permanecer em pé por longos períodos.

“A artrose do pé e tornozelo pode surgir tanto pelo envelhecimento natural da cartilagem quanto como consequência de traumas, como entorses, fraturas ou lesões mal curadas. O paciente começa a sentir dor, inchaço, rigidez e, com o tempo, percebe uma limitação funcional importante”, explica o ortopedista Fernandes Arteiro, especialista em cirurgia do pé e tornozelo.

Com o desgaste progressivo da articulação, o corpo tende a adaptar a forma de caminhar para aliviar o desconforto, o que pode desencadear desequilíbrios e dores em outras partes do corpo “A artrose no pé pode afetar a marcha. A pessoa passa a andar de forma diferente, o que pode sobrecarregar outras articulações como joelhos, quadris e coluna. É um efeito dominó”, explica o especialista.

Sinais de alerta

  • Dor persistente no pé e/ou tornozelo
  • Rigidez articular
  • Inchaço e sensação de calor na articulação
  • Diminuição da amplitude dos movimentos
  • Estalos ou “crepitação”
  • Deformidade, nos casos mais avançados

“A artrose pode ser silenciosa no início, mas com o tempo se torna extremamente limitante. Por isso, é fundamental procurar ajuda médica ao primeiro sinal de desconforto contínuo na região”, alerta Fernandes Arteiro.

Fatores de risco mais comuns

  • Envelhecimento natural
  • Ser mulher, especialmente após os 50 anos
  • Sobrepeso ou obesidade
  • Histórico familiar de artrose
  • Lesões articulares anteriores
  • Tratamentos
  • Fisioterapia
  • Artroscopia
  • Osteotomia
  • Prótese do tornozelo

“Nos casos iniciais, geralmente utilizamos tratamentos conservadores, como mudanças no estilo de vida, fisioterapia, uso de medicações e órteses”, explica o ortopedista Fernandes Arteiro. “Quando esses métodos não são suficientes e a artrose já se encontra em estágio mais avançado, podemos recorrer à artroscopia, uma técnica cirúrgica minimamente invasiva. Por meio de pequenos furos, conseguimos corrigir proporcionando uma recuperação mais rápida, menos dolorosa e com cicatrizes reduzidas em comparação às cirurgias convencionais. Já nos casos mais graves, pode ser indicada a substituição da articulação por uma prótese, permitindo que o paciente retome suas atividades com mais conforto e mobilidade”, destaca.

Notícias relacionadas