
Hoje vamos sair um pouco das uvas mais conhecidas, como Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah, Chardonnay etc., e vamos conhecer um pouco desta casta, que é uma Vitis vinifera. Porém, é uma casta que foi criada por Henri Bouschet em 1865 e vem do cruzamento entre a Grenache (Alicante é um dos sinônimos) e a Petit Bouschet, batizada de Alicante Bouschet.
É uma uva tintureira, ou seja, sua polpa, ao contrário da maioria das uvas tintas, é vermelha, daí produzir vinhos intensos em cor, mas também em aroma e sabor.
É uma casta que vem crescendo em vários países — Espanha (conhecida como Garnacha Tintorera), Estados Unidos, Chile, Toscana —, porém foi em Portugal onde ela encontrou seu terroir, principalmente no Alentejo, onde vem produzindo excelentes vinhos, sejam monovarietais ou em blends.
Aqui no Brasil, também reconheceram o seu potencial, e vinhos de grande qualidade estão sendo produzidos.
Vamos sugerir dois exemplares: um nacional, o Pizzato Alicante Bouschet Reserva, e um alentejano, o José Piteira Alicante Bouschet.
- Alicante Bouschet Reserva Pizzato 2022: estagia 12 meses em barricas francesa e americana de 1º e 2º uso; vinho rubi intenso, muito aromático, frutas vermelhas e negras, leve toque balsâmico e defumado. Em boca, seco, corpo médio, taninos macios, álcool e acidez equilibrados, fruta e boa persistência. Foi considerado o melhor vinho produzido no Brasil com a Alicante Bouschet na Grande Prova Vinhos do Brasil 2025.
- José Piteira Alicante Bouschet 2022: tem estágio em barricas francesas, também com boa intensidade aromática — frutas vermelhas, negras mais maduras, toque de especiarias e leve tostado. Em boca, encorpado, taninos finos, fruta, acidez e álcool equilibrados e também uma boa persistência.
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