Este famoso vinho é considerado a alma de Portugal em estado líquido, tamanha é sua importância para Portugal e para o mundo.
A história nos conta que por volta dos anos 17, durante os transportes dos vinhos portugueses para seus grandes compradores, os ingleses, era costume à época colocar aguardente no vinho para que suportasse a viagem. Com isso, perceberam um gosto diferente, mas que agradou os paladares.
Com o tempo, aperfeiçoaram a técnica e começaram a colocar aguardente vínica antes do término da fermentação, ou seja: interrompendo a fermentação, obteremos um vinho com dulçor e elevado teor alcoólico. Nascia, assim, o vinho do Porto.
Para proteger seu maior bem de exportação das falsificações, o Marquês de Pombal, em 1756, criou a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, a fim de garantir a qualidade do vinho do Porto.
Ele delimitou as principais regiões do Douro e instalou cerca de 335 pedras de granito com cerca de 2 m, conhecidas como Marco Pombalino. Assim, nascia a primeira Região Delimitada de vinhos do mundo.
Existem vários estilos de vinho do Porto.
O vinho do Porto é um dos vinhos mais icônicos de Portugal, conhecido por seu sabor rico, doçura e teor alcoólico elevado. Ele é produzido na região do Douro e tem diferentes estilos que variam em termos de envelhecimento, complexidade e doçura.
Abaixo estão alguns dos principais estilos:
RUBY – Jovens e não safrados, de coloração intensa. Mais simples dos Portos, descansam em madeira por dois a três anos. Normalmente têm caráter frutado. Devem ser consumidos cedo.
LATE BOTTLED VINTAGE OU LBV RUBY – Produzido a partir de uvas de uma safra específica e amadurecido em madeira por período de quatro a seis anos.
TAWNY – Mais elegantes do que os Ruby, amadurecidos em madeira por período que varia de quatro a seis anos. Nesse tempo, sofrem oxidação, tornando-se acastanhados. Apresentam notas de especiarias e frutas secas.
TAWNY 10, 20, 30 E 40 ANOS – Produzidos a partir da mistura de Portos de diferentes safras. O número de anos do rótulo representa a média de idade desses vinhos. Apresentam muita concentração e riqueza de aromas e sabores, notadamente de frutas secas.
COLHEITA – Tawnys produzidos a partir de única safra – normalmente de lotes especiais – e mantidos em madeira por um período mínimo de sete anos, até seu engarrafamento para comercialização.
VINTAGE – É a categoria máxima do vinho do Porto, produzido apenas em safras excepcionais, a partir de uvas dos melhores vinhedos, com grande complexidade e longevidade, e engarrafados apenas após dois anos de amadurecimento em madeira. Seu envelhecimento, na verdade, se dá em garrafa. É necessária aprovação do “Instituto do Vinho do Douro e do Porto” para que um vinho ostente a classificação Vintage. Representa apenas 1% da produção de vinho do Porto.
SINGLE QUINTA – Produzidos sob as mesmas normas seguidas pelos Vintage, entretanto a partir de uvas provenientes de um único vinhedo.
Porto branco e Rosé (mais usado em drinks), são menos conhecidos aqui no Brasil.
Harmonização:
Os exemplares da categoria Tawny com indicação de idade (10, 20, 30 e 40 anos), combinam muito bem com tarte de amêndoa, torta de nozes, crumble de maçã e com o clássico panetone.
Vinho do Porto Vintage, as nozes, frutas secas e queijos de sabor intenso são os mais indicados, mas a clássica harmonização é obtida com o queijo azul Stilton ou chocolate amargo.
Até a próxima!