Após quatro anos sem incidentes graves em pousos, um lançamento rotineiro da SpaceX nesta quarta-feira terminou com a explosão do primeiro estágio do foguete Falcon 9, que havia acabado de lançar uma leva de satélites para a órbita terrestre. A empresa foi a primeira, há cerca de três anos, e permanece sendo a única a recuperar o primeiro estágio de um foguete orbital com um pouso retro impulsionado.
O propulsor 1062 havia acabado de bater o recorde de lançamentos consecutivos sem falha, totalizando 23 voos, quando não conseguiu pousar em uma embarcação-drone da SpaceX no Oceano Atlântico. Na transmissão ao vivo do lançamento, foi possível ver a aproximação do propulsor, o toque na balsa e o início de um incêndio na seção dos motores. Segundos depois, o foguete tomba e explode.
Em uma publicação no X, a SpaceX confirmou a destruição do propulsor, escrevendo: “Após uma subida bem-sucedida, o primeiro estágio do Falcon 9 tombou após o pouso na embarcação-drone A Shortfall of Gravitas. “As equipes estão avaliando os dados de voo e o status do propulsor. Este foi o 23º lançamento do propulsor.”
Ao encerrar uma sequência de 267 pousos bem-sucedidos, a empresa decidiu suspender o lançamento de uma segunda missão Starlink que estava programada para decolar da Califórnia mais tarde.
Os estágios de propulsores do Falcon 9 da SpaceX são projetados para se virarem no ar para que possam usar o combustível restante para reduzir sua velocidade e voltar à Terra. A recuperação de foguetes revolucionou a exploração espacial barateando o acesso para pesquisas científicas e avanços técnicos. Até então, o caro equipamento era descartado após apenas um lançamento.
Fonte: O Globo.