A extrema pobreza diminuiu em Pernambuco em 2022, de acordo com a Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada nesta quarta-feira (6) pelo IBGE. No ano passado, 11,7% da população pernambucana, o equivalente a 1,1 milhão de pessoas, vivia com menos de 2,15 US$ PPC de renda per capita por dia, ou R$ 199 por mês, parâmetro proposto pelo Banco Mundial. O estado é o quinto com mais pessoas na extrema pobreza, superado apenas pelo Maranhão, Acre, Alagoas e Bahia. Em 2021, 19,4% de pernambucanos se encontravam nessa situação.
Além disso, metade dos pernambucanos (50,7%) do total, continuaram abaixo da linha da pobreza em 2023, ou seja, recebendo menos de US$ 6,85 PPC por dia (R$ 635 por mês) frente a 59,7% em 2021. Já no Recife, são 6,7% dos residentes na extrema pobreza e 36,2% abaixo da linha da pobreza. A pesquisa estima ainda que, se não houvesse nenhum benefício social, como o Bolsa Família e o BPC, 21,4% dos habitantes de Pernambuco viveriam na extrema pobreza e 56,6% viveriam na pobreza.
Mercado de trabalho: Pernambuco tem mais trabalhadores por conta própria do que com carteira assinada
Entre as mais de três milhões de pessoas ocupadas em 2022, o maior percentual – 32,1% – trabalhava por conta própria, enquanto 30,1% eram empregados com carteira de trabalho assinada. Além disso, 20,1% dos empregados não tinham carteira assinada e apenas 2,9% dos pernambucanos eram empregadores.
O rendimento médio de todos os trabalhos em 2021 no estado foi de R$ 1.813, e os trabalhadores receberam, em média, R$ 11 a hora, enquanto, no Brasil, a média é de R$ 15,9 a hora. Quanto aos rendimentos dos trabalhadores, em Pernambuco, os formais recebem, em média, R$ 2.539 por mês, enquanto os informais ganham R$ 1.109. A taxa de informalidade entre a população ocupada é de 55,1%.
O tempo de procura de trabalho para a população desocupada foi outro fator mensurado na Síntese de Indicadores Sociais. Em 2022, 47,6% desses trabalhadores procuravam ocupação há menos de um ano e 12,7% entre um ano e dois anos. Entre os desempregados, 39,7%, procuravam recolocação há dois anos ou mais.