Defesa de Bolsonaro confirma que ex-presidente não irá à sessão desta terça no STF

O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Paulo Bueno, afirmou nesta terça-feira (9) que Bolsonaro não vai comparecer à sessão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo Bueno, o ex-presidente continua com a saúde fragilizada e, mesmo que quisesse comparecer, não poderia em função dessas limitações de saúde.

“Não poderia vir aqui por essa limitação, ainda que fosse a vontade dele”, afirmou. “São sete horas de julgamento por dia, é muito puxado, a gente sai daqui moído. Ele não tem condições disso”, emendou. As informações são do g1.

No Supremo, há expectativa de que as sessões desta terça-feira sejam destinadas para os votos dos ministros Alexandre de Moraes, que é o relator, e Flávio Dino. São esperados votos longos.

Ainda segundo o advogado, não há nem possibilidade de Bolsonaro comparecer para ouvir sequer a sentença — que deve ser proferida nos próximos dias, após os votos de todos os ministros da Primeira Turma.

Ao ser questionado sobre o resultado do julgamento, o advogado mencionou que espera que o processo seja julgado “à luz estritamente de elementos jurídicos”.

As declarações de Bueno foram dadas nesta manhã na chegada ao STF. A expectativa é que nenhum dos outros sete réus acompanhem a sessão presencialmente.

Julgamento até agora
Os oito réus do núcleo crucial são acusados de formar uma organização criminosa que atuou para dar um golpe de Estado e manter o ex-presidente no poder mesmo após a derrota nas urnas nas eleições de 2022.

Até agora, os ministros ouviram os argumentos da acusação, que pediu a condenação dos oito réus, e das defesas, que negaram a participação dos acusados e pediram a absolvição por faltas de provas.

Agora, os ministros vão apresentar o que pensam sobre a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Os ministros vão dizer se as provas reunidas ao longo de todo o processo confirmam que houve um golpe e ainda se há elementos que comprovam a participação de cada um dos réus nos crimes.

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