Na manhã desta sexta-feira (20), a Comissão Especial de Transição Energética e Hidrogênio Verde da Câmara dos Deputados, em parceria com a Federação das Indústrias de Pernambuco, realizou um encontro para discutir a produção do hidrogênio verde em Pernambuco. O evento aconteceu no auditório da FIEPE.
O presidente do Fiepe, Ricardo Essinger, destacou que um dos focos do desenvolvimento do hub de hidrogênio verde no Porto de Suape será a sua aplicabilidade na indústria do estado. “Nosso viés é a pesquisa, o desenvolvimento e o teste de produtos em que seja utilizado o hidrogênio verde, para que não seja apenas uma mercadoria para exportação, mas possa ser utilizada dentro do estado, ajudando na descarbonização”, explicou.
O deputado estadual Pedro Campos (PSB), membro da Comissão Especial de Transição Energética e responsável pela mediação do debate, reforçou que, além da contribuição para a pauta climática, o projeto representa um vetor de desenvolvimento do estado. “A gente pode ver o Porto de Suape se tornar pioneiro na produção de hidrogênio verde no Brasil e esse material ser utilizado para geração de emprego e renda no estado”, salientou.
O parlamentar, que compõe a Comissão Especial de Transição energética acredita, ainda, que o alinhamento das bancadas de Pernambuco e do Nordeste são cruciais para a elaboração do texto. “Vários dos projetos pioneiros na área de hidrogênio verde estão no Nordeste brasileiro. O engajamento das bancadas é importante para que o Nordeste seja olhado com equilíbrio dentro desta questão. A priorização dos pontos de água e o conflito de uso de recursos hídricos são pontos que eu acho que podem ser aprimorados”, explicou.
O Secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti, ressaltou que, apesar do potencial do Nordeste para produção de energia limpa, o processo de transição oferece algumas dificuldades e exige adaptações. “Pernambuco prepara o Porto de Suape, através de um conjunto de incentivos e ajustes na sua infraestrutura e na sua lógica operacional. A gente ainda tem desafios tecnológicos e etapas a serem vencidas até se consolidar um mercado consumidor real do produto, mercado que adquira itens produzidos por meio do carbono neutro. A gente tem tomado medidas a curto prazo que irão preparar o estado para um longo prazo”, enfatizou.
Também compuseram a mesa o diretor presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, Márcio Guiot; o diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade Complexo Industrial Portuário de Suape, Carlos Cavalcanti; o diretor de Inovação e Tecnologia do SENAI-PE, Oziel Alves; e o professor da Universidade de Pernambuco, Sérgio Peres.