
Quase três meses após ser arremessada de um brinquedo do parque de diversões Mirabilândia, a Dávine Muniz, de 34 anos, segue internada no Hospital São Marcos, no Recife. A paciente, que Dávine sofreu um traumatismo cranioencefálico e fraturas nos membros superiores no acidente, passou os primeiros dias de hospitalização no Hospital da Restauração e foi transferida para o hospital particular no dia 03 de outubro. Ao longo deste período, Dávine passou por 10 cirurgias.
Na manhã desta segunda-feira, a família, representada pelo pai, José Leandro; pelo irmão, Dustin Muniz; e pelo primo, Ricardo Lima, concedeu uma entrevista atualizando a imprensa da capital pernambucana sobre o quadro de saúde da vítima.
De acordo com a família, Dávine perdeu quase a metade do lado direito do cérebro e, como sequela, não abre os olhos, não fala e não realiza movimentos voluntários. Os parentes acreditam que o quadro é “quase irreversível”, e as chances de uma recuperação são consideradas quase nulas.
Os familiares também relataram que o Hospital São Marcos afirmou que Dávine não precisa mais permanecer na unidade de saúde. Prolongar o internamento submete a professora a infecções hospitalares, algo que já aconteceu durante o tempo em que ela está hospitalizada. Desta forma, é necessário que a casa da família seja adaptada para o serviço de internamento domiciliar, conhecido como home care, classificado como “de alta complexidade” devido às sequelas de Dávine.
Para custear as adaptações e equipamentos necessários, a família decidiu fazer uma vaquinha virtual, alegando não contar com apoio financeiro do Mirabilândia.
Em resposta, a direção do parque de diversões afirmou que continua “custeando toda a assistência de Dávine” e disse que irá cumprir as responsabilidades pertinentes ao tratamento da vítima. A assessoria de comunicação do parque informou que as questões atuais estão sendo discutidas entre os advogados do parque e da família.