
Saindo um pouco das uvas mais consagradas, como Cabernet Sauvignon, Merlot, Chardonnay etc., seguimos com uvas pouco conhecidas, mas que produzem vinhos fantásticos.
Hoje vamos conhecer a Garnacha (Grenache na França): vinhos produzidos por essa cepa, tanto varietais quanto em blend, são ricos em aromas e sabores.
Sua origem é na Espanha, com a primeira menção em 1513.
Até hoje é abundante nos estados do Norte e Nordeste da Espanha, como Rioja, Navarra, Campo de Borja e Catalunha; na França, em Rhône e Languedoc-Roussillon; bem como na Itália, Austrália e Estados Unidos.
Por conter raízes longas e profundas, tem a capacidade de extrair do solo o máximo de água possível. Essa característica natural faz com que as vinhas de Garnacha resistam a períodos mais longos sem chuva.
Devido à sua versatilidade em produzir vinhos de diferentes estilos, podemos dizer que são muitos os aromas e sabores da Grenache: produz tintos, rosés e vinhos fortificados.
Vinhos famosos como o Châteauneuf-du-Pape têm nessa uva sua espinha dorsal. Na região francesa de Roussillon, é a cepa do vinho Banyuls, um fortificado que harmoniza muito bem com chocolate amargo.
Na Espanha, uma região onde a Garnacha reina é o Priorat (Catalunha), que produz vinhos robustos, concentrados e alcoólicos.
Na Austrália, faz parte do famoso corte GSM (Grenache, Syrah e Mourvèdre), com vinhas velhas de cerca de 80 anos.
Um excelente exemplo é o Montaña Garnacha Reserva DOCa Rioja 2016: estagiou por 18 meses em barricas francesas; tem cor rubi profunda, aromas intensos de frutas vermelhas e pretas maduras, especiarias e chocolate.

Em boca, é seco, encorpado, com taninos aveludados, frutado, álcool e acidez equilibrados, persistência aromática prolongada e, apesar do tempo em barrica, a madeira está muito bem integrada.
Harmoniza com carnes vermelhas e de caça, risoto de cogumelo e queijos curados.
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