
O presidente do Santa Cruz e do Ceasa, Bruno Rodrigues, foi o convidado desta semana do Diariocast, podcast do Diario de Pernambuco, apresentado pelo jornalista Rhaldney Santos, titular deste blog, para discutir os avanços no Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco e os bastidores da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) no clube tricolor. Ele destacou as melhorias realizadas no Ceasa, como a implantação do marketplace próprio e o reforço em segurança, mobilidade e limpeza. “Hoje você chega no Ceasa e não se perde. Está tudo sinalizado. Fizemos esse trabalho com a Universidade Federal e virou referência no Brasil”, disse.
Durante o programa, Bruno ressaltou o impacto econômico e social do Ceasa, que movimenta 50 mil pessoas por dia e abriga 1.350 permissionários. A expectativa para o mês de junho é otimista: “Esperamos aumentar em 15% a comercialização de milho. Ano passado vendemos 11,5 milhões de espigas e queremos chegar a 13 milhões este ano”. Ele também citou a importância do Pátio do Milho, que funciona 24 horas entre os dias 14 e 24 de junho, com produtos vindos majoritariamente do Agreste pernambucano.
Na segunda parte da entrevista, Bruno explicou o modelo de SAF que pretende implantar no Santa Cruz, com investimento de R$ 1 bilhão e 90% das ações nas mãos de investidores. “Eu entrei no Santa Cruz para fazer a SAF. Não acredito mais na gestão associativa. Isso levou o futebol brasileiro à decadência”, afirmou. Ele garantiu que o projeto está bem amarrado, com cláusulas de proteção para o clube em caso de descumprimento contratual. O objetivo é sanar as dívidas do clube, estimadas em R$ 300 milhões, e modernizar o estádio do Arruda.
Bruno também revelou que a proposta da SAF já está em análise nos conselhos do clube e a expectativa é de que a Assembleia Geral de Sócios seja realizada na primeira quinzena de agosto. “Estamos muito tranquilos com o passo a passo que estamos dando. A SAF é um caminho sem volta”, declarou. Ele encerrou reafirmando a importância de sair da Série D: “A gente tem que sair desse inferno. A Série D é uma loucura”, concluiu.

