O novo painel da Polícia Federal aponta que o Brasil conta com 1.507.150 armas cadastradas por colecionadores, atiradores e caçadores (CACs). Os cinco estados com maior número de registros são São Paulo (398.286), Rio Grande do Sul (191.153), Paraná (148.331), Santa Catarina (123.026) e Minas Gerais (119.978). No entanto, ao isolar apenas as armas de caçador, o Rio Grande do Sul lidera com 68.736 unidades, à frente de São Paulo (34.590) e de Goiás (31.530); para atiradores, São Paulo mantém o primeiro lugar (335.772), seguido pelo Paraná (128.231) e Rio Grande do Sul (118.328).

Metade das armas de CACs (50,1%) é de uso restrito, que exige autorização específica, enquanto 49,9% são de uso permitido. Das 755.262 de uso restrito, 645.343 estão vinculadas a atiradores, 89.447 a caçadores e 20.472 a colecionadores. O calibre mais comum é o 9×19 mm Parabellum, enquadrado como uso restrito para Forças Armadas, polícias e CACs autorizados. Pistolas, carabinas, espingardas e revólveres são os tipos com maior número de registros.

Desde 1º de julho, a PF passou a gerir o registro, controle e fiscalização das atividades de CACs, função que antes cabia ao Comando do Exército. A transição, prevista em decreto de julho de 2023 e em acordo de cooperação técnica de setembro, avançou por superintendências regionais. Para dar conta da nova atribuição, a instituição criou setor específico e prevê reforço de pessoal com o concurso realizado no primeiro semestre.