Jornalista, colunista do UOL e na rede Amazônia CBN. Apresentador do auto motor da Band no Recife, Manaus e todo interior de São Paulo.

Territory 2024 é aposta da Ford contra o pernambucano Compass

Depois da Ranger, a Ford certamente teria um novo compromisso com a entrega da qualidade e o lançamento de um novo produto elegante, na faixa de mercado dos SUVs. O novo Territory 2024, feito na China, e vendido a partir de agora no Brasil, nasce para se tornar uma das melhores opções da categoria. Valores visuais, acabamento e estilo ele tem sobrando. Assim como a calibragem da motorização. O preço? Justo. R$ 209,9 mil em única versão, sem acessórios complementares. 

O novo Ford Territory é melhor em tudo. Evolução direta (e muito melhor) do modelo anterior com design alinhado à assinatura global da marca e todos os pontos de direção aperfeiçoados. O SUV chega com o Ecoboost 1.5 de injeção direta, 169 cv de potência e pouco mais de 25 kgfm de torque. Bom, silencioso e bem casado com a caixa de sete velocidades, dupla embreagem e banhada a óleo. Pense em trocas suaves. 

Os números de consumo, dados do fabricante, para o propulsor abastecido na gasolina, são de 9,5 km/l cidade e 11,8 km/l na estrada. O 0-100 km/h tá projetado em 10,3 segundos. E foi mais ou menos desse jeito durante o percurso com quatro ocupantes a bordo que enxergamos a linha de consumo. 

Estabilidade, conforto e bom rolamento das rodas merecem destaque. O tanque passou para 60 litros ou seja, a autonomia na estrada poderá ser na casa dos 700 Km no modo de direção econômico. Recomendo. Se precisar de mais ousadia, capriche na pegada esportiva feita pelo toque de um botão.

O vice presidente da Ford, Rogélio  Golfarb, atualizou o look e o discurso, reforçando que a empresa vai mostrar muito mais e o Territory faz parte de uma estratégia alinhada com a convivência das novas tecnologias. Lembro aqui que ainda vamos ver até o fim do ano, a próxima fase BEV do oval azul no país com o Mach-e. A primeira partida foi dada pela e-Transit , van 100% elétrica.

Com tração dianteira, o Territory é bom de saída, o torque de 25 quilos ajuda, claro, e o câmbio DCT de 7 velocidades me surpreende, na aplicação da marcha feita pelo seletor no lugar da alavanca. A bordo, além do visual estiloso, bancos biton e console central “eletrônico com os botões do start stop, freio eletrônico de estacionamento e nada voltado para um público 100% sênior conservador. 

Na ergonomia, o SUV é amigo do motorista. Faltaram aqui as borboletas para troca divertida das marchas atrás do volante. A chave é presencial e no Ford Pass, o cliente programa e acompanha as revisões fixas. 

Partes sensíveis ao toque são suaves, direção moderna e com toque esportivo, achatada na base. Espaço, mais muito espaço a ponto de você andar atrás e achar que está em um sofá. Algo que seus concorrentes diretos não oferecem. Leia-se: o alvo dos norte-americanos, Compass S e Commander (sem você pensar no uso dos sete lugares porque dessa forma não concorre).

A conexão sem fio para o Android assim como Apple ajuda, carregador por indução e os mimos do assistente de condução são relevantes para o dia a dia no trânsito. O carro não oferta a nova geração do Sync mas tem o sistema próprio e resolve bem na entrega do entretenimento e funções do veículo na tela. A entrada na cabine entrega, por exemplo, aspecto semelhante ao do Kia Sportage. Telão (são duas centrais) e teto panorâmico custando bem menos.

Mas voltando para as dimensões, o porta-malas cresceu e tem agora 448 litros mas pode chegar aos 1442 rebatendo os assentos. O SUV mede 4.630 mm de comprimento; 1.936 mm de largura sem espelhos e 2.177 com espelhos; 1.706 mm de altura e 2.726 mm de entre-eixos. Lembra aqui a história do sofá? É confortável de ficar por lá enquanto carona e a suspensão ajuda. MCPherson na frente com independência do multlink atrás. As rodas de bom gosto e duas tonalidades são em 19″ com pneus 235/50. Freio a disco.

Segundo a montadora, a nova geração do SUV cresceu em todas as dimensões, proporcionando um bom espaço tanto na primeira, como na segunda fileira de assentos. 

No interior, bancos com regulagem elétrica para motorista (10 posições e recuo para você sentar), passageiro (4 posições) e assentos com ventilação, câmera 360°, painel digital de 12.3″ configurável, quatro modos de condução (Normal, Serra/Colina, Eco e Esportivo) e central multimídia com 12.3″ reforçam seus predicados. 

 

Segurança 

O novo Ford Territory tem piloto automático adaptativo com Stop & Go, Park Assist, assistente de permanência em faixa, de pré-colisão com frenagem de emergência, de tráfego cruzado, farol alto automático, câmera 360°, seis airbags com detecção inteligente de ocupantes, monitoramento de ponto cego (BLIS) e mais assistente de partida em rampa, de frenagem pós-colisão, e monitoramento de pressão dos pneus (TPMS). Ou tem tudo isso ou não faria graça alguma contra a onda chinesa que vem crescendo no Brasil e atacando o segmento dos SUVs das marcas tradicionais e de médio porte. 

O Territory, feito por americanos, brasileiros e chineses, na China, também ganhou interferência da engenharia do Brasil. Tem o meu respeito o que faz o time de Camaçari e as contribuições para o desenvolvimento dos novos produtos. 

O SUV, lançado agora, é a prova disso. Assim como o comportamento da nova Ranger. O carro combina estilo e design, entrega condução firme e preço benefício dos melhores na casa dos duzentos e pouco mil reais.

Jornalista, colunista do UOL e na rede Amazônia CBN. Apresentador do auto motor da Band no Recife, Manaus e todo interior de São Paulo.

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