O Supremo Tribunal Federal (STF) mantém a previsão de julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda este ano pela trama golpista revelada pela Polícia Federal. A intenção dos ministros é evitar que o julgamento ocorra em meio ao processo eleitoral de 2026, o que poderia gerar impactos políticos e jurídicos. Para acelerar a análise da denúncia, a Primeira Turma do STF estuda aumentar a frequência de suas sessões, e o gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, terá uma equipe dedicada exclusivamente à tramitação do processo.

A estratégia, no entanto, pode enfrentar obstáculos. Advogados dos indiciados afirmam que há movimentações para arrastar o julgamento, incluindo a solicitação de dezenas de testemunhas, o que pode retardar a instrução processual. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, ainda deve apresentar novas denúncias relacionadas à trama golpista, aumentando a complexidade do caso. Mesmo assim, ministros do STF defendem que o julgamento de Bolsonaro e seus aliados ocorra no primeiro semestre de 2025 ou, no máximo, no início do segundo semestre, para garantir que eventuais recursos sejam analisados antes das eleições de 2026.

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