O autoexame, uma prática comum entre as mulheres, é uma importante ferramenta de autoconhecimento, mas não deve ser a única estratégia na prevenção do câncer de mama. A mamografia e a ultrassonografia são essenciais para detectar os primeiros sinais da doença.
O autoexame consiste na observação e no toque das mamas, permitindo que as mulheres identifiquem possíveis alterações, como nódulos, inchaços, mudanças na textura ou secreções. Conhecer bem o próprio corpo coloca as mulheres em uma posição privilegiada para notar mudanças sutis e procurar ajuda médica.
Ana Beatriz Albuquerque, mastologista e presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia em Pernambuco (SBM-PE), enfatiza a importância da mamografia: “O autoexame é fundamental para o autoconhecimento e deve servir como um alerta para que a mulher procure o médico ao notar qualquer alteração. Contudo, o diagnóstico precoce é crucial, especialmente para tumores em estágios subclínicos, que podem não ser visíveis ao exame físico, mas que podem ser detectados nas imagens. Por isso, é vital que as mulheres realizem a mamografia a partir dos 40 anos, mesmo que não identifiquem alterações durante o autoexame”.
Adicionalmente, a especialista destaca a importância de apresentar os resultados dos exames a um mastologista: “Os exames de imagem devem ser avaliados por um especialista, que pode interpretar corretamente os achados e propor a conduta adequada. O mastologista é fundamental não apenas para o diagnóstico e tratamento do câncer de mama, mas também para a avaliação anual da saúde mamária. Acompanhamentos regulares são essenciais para detectar quaisquer alterações precocemente e garantir que as mulheres recebam a melhor orientação e cuidado”.
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