
Na manhã desta quinta-feira (25), a Polícia Civil de Pernambuco realizou a prisão de seis suspeitos de corrupção, comunicação falsa de crime, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Entre os alvos, três são servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), acusados de desviar aproximadamente R$ 6,4 milhões.
Um dos crimes investigados é o peculato, no qual servidores públicos obtêm vantagens indevidas por meio de seus cargos. Segundo o TJPE, dois dos servidores envolvidos já foram demitidos por decisão administrativa.
Batizada de Operação Themis, em referência à deusa da justiça, a ação policial resultou no cumprimento de seis mandados de prisão, sendo cinco em Pernambuco e um na Paraíba. Os alvos consistem em cinco homens e uma mulher.
A Operação Themis faz referência à deusa da justiça, cujo nome é utilizado para batizar sistemas de gestão de departamentos jurídicos. A polícia cumpriu seis mandados de prisão, sendo cinco em Pernambuco e um na Paraíba. Os alvos são cinco homens e uma mulher, três servidores e três laranjas.
O líder da organização criminosa utilizava o certificado digital de uma juíza aposentada para emitir alvarás em nome dos laranjas. A magistrada não tinha conhecimento dos crimes.
Por meio dos alvarás, o chefe da quadrilha direcionava o dinheiro de disputas judiciais para terceiros não relacionados ao processo, que posteriormente realizavam a divisão dos valores.
Além das prisões, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão domiciliar, com determinação judicial de sequestro de bens e bloqueio de ativos financeiros. Dentre os itens apreendidos estão veículos, joias, relógios e bolsas.
O TJPE informou que, assim que tomou conhecimento dos desvios praticados pelos servidores, encaminhou o caso à sua Divisão de Investigação e Apuração.