
A Polícia Federal prendeu na última quinta-feira (21) Marcelo Fernandes Lima, condenado a 17 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Lima ficou conhecido por ter furtado uma réplica da Constituição da sede do STF, exibindo-a como um troféu enquanto usava uma bandeira do Brasil. Dias depois, ele devolveu o objeto. A prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, com base em um “fundado receio de fuga do réu”.
O mandado de prisão foi expedido em fevereiro, após a condenação, mas trata-se de uma medida preventiva, já que o processo ainda permite recursos. O advogado de Lima, David Soares Mendes, criticou a decisão, alegando que não houve qualquer descumprimento das medidas cautelares impostas a seu cliente desde que foi solto, em dezembro de 2023, após uma primeira prisão no início do mesmo ano. “Que risco de fuga apresenta o senhor Marcelo? Nenhum”, afirmou o defensor.
Em depoimento à Polícia Federal, Lima alegou que seu objetivo ao comparecer à Praça dos Três Poderes era participar de um “abraço humano” nos prédios públicos e que teria retirado a réplica da Constituição “para que não fosse destruída”. A defesa deverá apresentar recurso contra a prisão, enquanto o processo ainda tramita no STF.
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