Na tarde desta terça-feira (11) a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) confirmou o 11º caso de contaminação por Candida auris em Pernambuco no ano de 2023. A doença foi diagnosticada em uma mulher de 37 anos que estava internada no Hospital da Restauração (HR) e recebeu alta na última sexta-feira (07).
O caso foi divulgado poucas horas depois de o governo do estado anunciar a volta dos atendimentos de urgência no Hospital Getúlio Vargas, que foi fechado por uma semana após a infecção de um interno.
De acordo com a SES-PE, a paciente deu entrada no HR para realizar um procedimento cirúrgico. No entanto, após testar positivo para Covid-19, a mulher precisou ficar em isolamento dentro de uma enfermaria com dois leitos. A secretaria acrescentou que, dentro do isolamento, a paciente teve contato com uma pessoa, que está sendo monitorada.
A Secretaria de Saúde do estado informou, ainda, que o Hospital da Restauração está tomando as medidas exigidas pela Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) para identificar, prevenir e controlar a disseminação do superfungo.
Descoberto no Japão no ano de 2009, o Candida auris chegou a todos os continentes. Ele é considerado pela comunidade científica como um fungo mais resistente a medicamentos. O primeiro caso identificado no Brasil data de 2020.
Dez outras ocorrências foram registradas em Pernambuco neste ano. Todas foram consideradas casos de colonização, o que significa que a pessoa tem o fungo no corpo, mas não foi acometida pela doença.
Apesar da ausência de sintomas, um ferimento na pele ou o uso de catéter hospitalar pode permitir que ele atinja a corrente sanguínea e se manifeste. Em casos mais graves órgãos como o coração e o cérebro podem ser afetados e há possibilidade de sepse, uma infecção generalizada capaz de matar.
No estado, dois pacientes que estavam com a Candida auris morreram, mas, de acordo com a SES-PE, as mortes não tiveram relação com o fungo.