
Até 2060, a expectativa de vida da população do Brasil será de 81 anos, conforme projeção feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O envelhecimento da sociedade pede cuidados redobrados com a saúde e com a prevenção de doenças, especialmente as cardiovasculares, principal causa de morte da população mundial.
Nesta quarta-feira (14), é lembrado o Dia do Cardiologista, data que, além de homenagear os profissionais que cuidam da saúde do coração, é uma oportunidade para ampliar o debate sobre a prevenção de doenças cardiovasculares.
“À medida que as pessoas envelhecem, existem algumas modificações próprias do coração, como paredes do coração mais espessas e as câmaras cardíacas (ventrículos e átrios) discretamente maiores. Existe também um enrijecimento da parede dos vasos, que ficam menos elásticos. Todas essas alterações, associadas a fatores de risco como colesterol e diabetes, aumentam as chances de aterosclerose, que se caracteriza pela formação de placas de gordura na parede das artérias do coração e de outras localidades do corpo humano”, detalha a cardiogeriatra Jessica Garcia, coordenadora médica do Internamento do Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa (HECPI), no Recife.
Na pessoa idosa, a frequência cardíaca também tende a ser discretamente mais baixa. “Quando a pessoa idosa desenvolve atividade física, a frequência cardíaca geralmente não aumenta como nas pessoas mais jovens”, complementa a médica.
As doenças cardiovasculares também estão entre os principais diagnósticos relacionados ao internamento da pessoa idosa. Além disso, a presença de problemas que levam ao surgimento de doenças cardiovasculares, como diabetes e hipertensão, pode potencializar o agravamento do quadro dos pacientes hospitalizados.
Arritmias cardíacas, valvopatias, cardiopatia isquêmica, aneurisma de aorta e a hipertensão arterial sistêmica, levando à cardiopatia hipertensiva, estão entre os principais problemas que afetam o coração da pessoa idosa.