O valor das relações sociais na vida humana é imenso, e o desconhecimento de seus mecanismos pode nos deixar inertes frente à cura das mazelas individuais e sociais existentes na contemporaneidade. Cada passo que tomamos para compreender esses mecanismos deve ser também um passo dado para descobrir as falhas que, como seres humanos, perpetuamos geração após geração. Se identificarmos os erros e assumirmos o propósito de agir corretamente, estaremos um passo à frente no caminho da melhora da nossa condição de vida, assim como do bem-estar do próximo.
A empatia é o caminho que nos conduz a esse objetivo, seja no nível relacional, seja no nível social, por meio da inteligência emocional e da inteligência social, respectivamente. A prática de ambas faz surgir um ser humano mais consciente de si e do próximo, criando um cenário propício para a evolução da espécie humana nos mais variados setores da individualidade e da sociedade.
Mas como fazer isso? A resposta é: pela comunhão, entendida como a união, conexão ou harmonia entre pessoas ou grupos. A comunhão pode envolver a partilha de ideias, experiências, sentimentos ou valores comuns, promovendo um senso de pertencimento e solidariedade. Em sentido amplo, pode ser entendida também como o estado de unidade e interconexão entre todos os seres humanos, independentemente de suas diferenças individuais. Trata-se de um conceito que envolve o reconhecimento e a celebração da nossa interdependência e dos vínculos compartilhados com membros da família humana.
Se antes vivíamos isolados, sem condições ou com condições mínimas de acessibilidade a outras culturas, hoje vivemos a era da comunicação e da informação, na qual todos podem ter acesso a pessoas e conteúdos, independentemente do local onde resida. É óbvio que ainda existem regiões que enfrentam o isolamento digital, mas, aos poucos, estão sendo incluídas nessa nova realidade. Isso é comunhão: o poder transformador do compartilhamento de experiências.
