Que a favela é potência, todo mundo já sabia, pois inúmeras foram as reportagens que assistimos sobre verdadeiros heróis e heroínas que emergiram das profundezas da escassez de comida, educação, saúde e outras mais. Destes, podemos dizer que a maioria dos grandes jogadores de futebol, cantores(as), atores e atrizes saíram daqui e mostraram para o mundo quem somos.
Para muitos isso já era o bastante, mas para quem suporta tantas dificuldades, jamais seria a linha de chegada, queremos e merecemos muito mais. Somos OBSTINADOS, como diz nosso amigo Janguiê Diniz, e já somos milhões de empresários(as) que movimentam boa parte do PIB do nosso país e é óbvio que iria surgir um Gilson Rodrigues Presidente do G10Favelas para criar um BANCO da favela, o G10BANK PARTICIPAÇÔES que vai potencializar ainda mais este mega ecossistema e criar inúmeras oportunidades para milhares de pessoas pelo Brasil a fora.
Mesmo com um potencial de consumo de quase 200 bi por ano, as favelas apresentam um grande número de “desbancarizados”, estimativas da pesquisa realizada pelo Instituto Dom Cabral e Briks mostram que 38% da população Brasileira não tem conta em banco, e dos que tem, cerca de 40% dos moradores de favela não conseguem comprovar os quesitos necessários para conseguir crédito dos bancos tradicionais, entre as muitas exigências, a falta de um comprovante de renda ou um comprovante de residência impedem que os empreendedores de favela acessem a fontes de financiamento, prejudicando o nosso crescimento econômico.
Assim como outros empreendimentos que fazem parte do HUB do G10Favelas, O G10Bank também nasceu durante a PANDEMIA onde milhões de pessoas perderam seus empregos e na volta ao “novo normal” já era claro para nós que seríamos os últimos a ser contratados, assim como, muitos não iriam conseguir voltar para o mercado de trabalho. Então mais do que nunca, precisávamos investir em nossos negócios e vimos a dificuldade de conseguir créditos dos bancos tradicionais, que na sua grande maioria negava o crédito por problemas estruturais inerentes ao lugar, como já foi dito.
A partir disto, o G10Bank surge como um banco digital inicialmente e no último dia 06 inauguramos a nossa primeira agência física em Paraisópolis e a expectativa é abrir mais quatro agências ainda no primeiro semestre aqui em Casa Amarela, Sol Nascente, no Distrito Federal (DF), Aglomerado da Serra em Minas Gerais (MG) e em São Paulo (SP), na favela de Heliópolis. Outra ambição é o fornecimento de crédito. O projeto piloto não-digital do G10 Bank beneficiou cerca de 200 empreendedores e totalizou um montante de R$ 1 milhão em microcréditos.
Segundo Gilson Rodrigues, a criação do banco é para dar oportunidade aos moradores das favelas de empreender, de investir e realizar seus sonhos, de forma a fazer girar a economia dentro da favela. Porque o G10Favelas é muito mais que ações humanitárias, investimos nas pessoas, para só então, ver acontecer, de fato, a transformação que tanto sonhamos.
Portanto, seguimos convictos que a transformação das favelas acontecerá e será de dentro para fora, nos organizando, criando e potencializando negócios de qualidade para gerar empregos e a escassez de oportunidades se transformar em abundância de tudo que falta, pois somente com dinheiro no bolso, é que as pessoas serão livres de verdade e transformarão suas vidas e a vida dos seus vizinhos. O restante, é só conversa fiada para conquistar nossos votos durante as eleições.