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Em coletiva de imprensa realizada na Índia, onde assumiu a presidência rotativa do G20 em nome do Brasil, o presidente Lula (PT) anunciou ontem que a justiça brasileira será responsável por determinar o destino do presidente russo, Vladimir Putin, caso ele decida participar da próxima Cúpula do G20, agendada para novembro de 2024, no Rio de Janeiro.
A ausência de Putin na recente reunião do G20, realizada em Nova Déli, capital indiana, levantou questões sobre sua possível presença no Brasil. Em março deste ano, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão contra o líder russo por crimes de guerra cometidos na Ucrânia. Como signatário do acordo que estabeleceu o TPI, o Brasil teria que cumprir o mandado se Putin vier ao país.
Durante a entrevista, Lula expressou sua esperança de que a guerra na Ucrânia tenha chegado ao fim até a data da Cúpula. Além disso, prometeu examinar cuidadosamente a adesão do Brasil ao TPI, levantando questões sobre por que o país é signatário desse tratado quando nações como Estados Unidos, China e Rússia optaram por não aderir.
Não sei se a Justiça brasileira vai prender, isso quem decide é a Justiça, não é o governo nem o Parlamento, é a Justiça que vai decidir. Eu, inclusive, quero estudar muito essa questão desse Tribunal Penal porque os Estados Unidos não é signatário dele, a Rússia não é signatária. Eu quero saber porque o Brasil virou signatário de um tribunal que os Estados Unidos não aceita. Por que nós somos inferiores e temos que aceitar uma coisa?”, questionou.
No sábado (09), o presidente havia afirmado que Putin poderia vir “tranquilamente para o Brasil”.