
A poluição sonora é, atualmente, a maior demanda quantitativa de procedimentos da Promotoria de Meio Ambiente do Recife. O percentual de queixas relacionadas ao barulho gira em torno de 33%. Diante disso, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio das 12ª e 13ª Promotorias de Defesa da Cidadania da Capital, irá promover uma audiência pública no próximo dia 19 de dezembro, com o objetivo de ouvir a sociedade e as partes diretamente envolvidas.
“Esse é um tema recorrente nas duas Promotorias; é o tema mais constante nos nossos inquéritos. Então precisamos tratar a questão como um todo, como essa política pública deve ser tratada pelo município do Recife e pelos órgãos do Governo do Estado que estão incumbidos dessa tarefa”, afirma o Promotor de Justiça da 13ª Promotoria de Defesa da Cidadania da Capital, Ivo Lima. A convocação para a realização da audiência foi publicada no Diário Oficial Eletrônico do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), do último dia 4 de dezembro.
De acordo com o Promotor de Justiça da 12ª Promotoria de Defesa da Cidadania da Capital, Sérgio Souto, a ideia é colher informações para que o MPPE possa melhorar e direcionar a sua atuação de maneira mais eficaz. “É a oportunidade de podermos aperfeiçoar o trabalho em favor da sociedade, inclusive no processo do licenciamento ambiental, para que os estabelecimentos que desejem se regularizar, possam saber a quem recorrer para conhecer as exigências e documentações”, explica.
ATUAÇÃO – Nos meses de novembro e dezembro, as 12ª e 13ª Promotorias de Defesa da Cidadania da Capital realizaram operações conjuntas com a Secretaria de Meio Ambiente do Recife, Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), Diretoria Executiva de Controle Urbano do Recife (DIRCON), Corpo de Bombeiros (CB), Polícia Civil (PCPE) e Vigilância Sanitária. Diversos estabelecimentos foram visitados e alguns autuados, em razão das denúncias (e comprovação) de poluição sonora.
“Não podemos tolerar que bares, similares e outros estabelecimentos se transformem em casas de shows e de festas sem o projeto acústico adequado que vise conter a propagação sonora e com isso um grande grupo de pessoas, a coletividade venha a se prejudicar, se sentindo incomodada com o som em volume bem acima do permitido por lei”, conclui.