Marina Silva: é possível triplicar produção agrícola do Brasil sem derrubar uma árvore

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Em entrevista concedida ao programa “Bom Dia, Ministra” desta quarta-feira (12), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, reforçou o alerta de que toda a sociedade e todos os setores produtivos devem fazer parte da construção de uma nova ordem econômica e ambiental.

A ministra ressaltou que é preciso também avançar para a preservação dos demais biomas, sobretudo o Cerrado, sob pena de o País matar “a galinha dos ovos de ouro”. Segundo ela, destruir biomas como Pantanal, Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pampas equivale a destruir também nossa capacidade de produção. Nesse sentido, afirma que o Brasil pode, inclusive, triplicar sua capacidade produção agrícola “sem derrubar uma árvore”.

Durante a entrevista, Marina foi questionada sobre como conciliar o desenvolvimento da atividade agrícola e o mesmo tempo acolher as demandas de um nova ordem global sustentável. Ela reforçou o papel do Governo Federal em liderar a construção de um novo pacto ambiental na reformulação de um modelo econômico e também das gestões locais de estados e municípios.

“O desmatamento virou sinônimo de desmantelamento do clima”, afirmou. Como exemplo de adaptação das atividades humanas às exigências naturais, Marina citou a Caatinga. Lembrou que antigamente se criavam animais de grande porte, e peso, na região, afetando gravemente a qualidade do solo. E que aos poucos essa pecuária foi sendo substituída pela criação de caprinos. Ainda como modelo de ação proativa do Estado nas condições climáticas, citou a política de cisternas criada para região há 20 anos, ainda no primeiro governo Lula.

Sobre o Pacto Interfederativo para o Combate a Incêndios no Pantanal e na Amazônia, reforçou a importância de ação coordenada e integrada entre Governo Federal e gestões estaduais para prevenção, controle e manejo do fogo. O pacto também determina o fortalecimento de instrumentos de autorizações ambientais e a definição de áreas e ações prioritárias para preservação e combate aos incêndios. As informações são da Agência Gov.

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