O presidente Lula (PT) e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se reuniram em Nova York (EUA) na tarde de ontem (20). Foi a primeira vez em que os líderes conversaram presencialmente. Em maio deste ano, os dois chegaram a marcar um encontro durante a cúpula do G-7 no Japão, que foi cancelado de última hora devido a conflitos de agenda. A reunião, que durou mais de 30 minutos, ocorreu no contexto das participações de ambos os governantes na Assembleia-Geral da ONU.
Em suas redes sociais, Lula falou sobre a conversa, mencionando que discutiram “a importância dos caminhos para construção da paz” e destacando a necessidade de manter um diálogo aberto entre os países.
Por sua vez, Zelensky descreveu o encontro como importante. “Após a nossa discussão honesta e construtiva, instruímos as nossas equipas diplomáticas a trabalhar nos próximos passos nas nossas relações bilaterais e nos esforços de paz. O representante brasileiro continuará participando das reuniões da Fórmula da Paz”, declarou.
Em coletiva de imprensa, o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, enfatizou a relevância do encontro e informou que, durante a reunião, foram discutidos assuntos bilaterais e as perspectivas para um possível acordo de paz em relação à guerra na Ucrânia. “Zelenski agradeceu ao Brasil por continuar em esforço pela paz e pediu que as equipes continuem trabalhando em temas bilaterais e multilaterais. Não há nenhum desentendimento entre os dois chefes de Estado”, ressaltou.
Além disso, Vieira deixou em aberto a possibilidade de um futuro encontro entre Lula e o presidente russo, Vladimir Putin, apesar de algumas declarações de Lula em relação à guerra terem sido interpretadas como pró-Putin. “O presidente Lula deixou muito claro que ele está aberto a discutir, a conversar com quem quer que seja, com vistas a promover o entendimento entre as duas partes”, afirmou o chanceler.