
O presidente Lula defendeu, nesta quinta-feira (29), a importância de manter a América do Sul como uma zona de paz durante sua visita a Georgetown, capital da Guiana. Lula fez declarações à imprensa após uma reunião com o presidente guianense, Irfaan Ali.
“A nossa integração com a Guiana faz parte da estratégia do Brasil de ajudar, não apenas no desenvolvimento, mas trabalhar intensamente para que a gente mantenha a América do Sul como uma zona de paz no planeta terra. Nós não precisamos de guerra, a guerra traz destruição de infraestrutura, traz destruição de vidas e traz sofrimento. A paz traz prosperidade, educação, geração de emprego e tranquilidade aos seres humanos. Esse é o papel que o Brasil pretende jogar na América do Sul e no mundo”, afirmou Lula.
Embora a disputa territorial entre Guiana e Venezuela pelo território de Essequibo seja conhecida, Lula não abordou diretamente o assunto durante sua declaração. No entanto, ele expressou gratidão ao primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, pelo seu papel como coordenador das conversações entre Guiana e Venezuela. O acordo entre os dois países, mediado por organismos regionais e outros países, incluindo o Brasil, foi assinado em dezembro de 2023, comprometendo-se a resolver o conflito sem o uso da força.
Após sua visita à Guiana, Lula seguiu para Kingstown, capital de São Vicente e Granadinas, onde participará da reunião de cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) nesta sexta-feira (1º). Gonsalves atualmente exerce o cargo de presidente pro tempore da Celac.
“Espero que a gente tenha uma reunião da Celac produtiva, harmoniosa e que todos nós saiamos de lá falando em paz, prosperidade, alegria, amor, e não em ódio”, concluiu Lula.