
A “Lua do veado”, nome popular das tradições indígenas e norte-americanas para a Lua cheia de julho, poderá ser vista a olho nu em todo o Brasil entre 18h de quinta-feira (10) e 6h de sexta, desde que o céu permaneça limpo. O apelido faz referência ao período em que veados machos começam a desenvolver seus chifres no Hemisfério Norte, mas, segundo astrônomos, trata-se apenas da Lua cheia de julho, sem peculiaridades além de seu brilho completo.
“O fenômeno parece mais baixo no céu porque nasce no horizonte leste exatamente ao pôr do sol e, em julho, o arco aparente de leste a oeste é mais raso, já que o Sol está posicionado mais ao norte durante o nosso inverno”, explica o professor de física e astronomia da UnB, Paulo Eduardo Brito. Adriano Leonês, presidente do Clube de Astronomia de Brasília, acrescenta: “O tom alaranjado da Lua cheia se deve à refração da luz solar na atmosfera terrestre, não a mudanças na cor do satélite.”
Em 2025, a “Lua do veado” coincide também com a chamada “Grande Parada Lunar” — variação orbital que, a cada 18 anos, faz a Lua atingir inclinações extremas em relação ao equador celeste, tornando-a especialmente alta ou baixa no céu. Apesar de cultuada com nomes como “Lua do trovão” ou “Lua do feno” em outras culturas, nada a distingue de outras luas cheias, salvo a eventual ocorrência de eclipses ou superluas, o que não ocorrerá nesta edição.