Na quarta-feira (22), Israel e Hamas chegaram a um acordo para a libertação de 50 reféns em troca de uma pausa temporária no combate, conforme anunciado pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. As negociações vinham sendo conduzidas de forma secreta desde o início da guerra.
Cerca de 240 pessoas foram sequestradas pelo Hamas no início do conflito, em outubro. O grupo terrorista, segundo informações do governo dos EUA, teria argumentado que o cessar-fogo é necessário para que possam escolher quais reféns serão libertados. As autoridades norte-americanas confirmaram que as discussões também incluíam a libertação de 150 palestinos mantidos como prisioneiros por Israel, conforme comunicado do Hamas, que especificou que esses prisioneiros são mulheres e crianças.
Os números oficiais do conflito, divulgados pelo governo do Hamas, apontam para mais de 13 mil mortes, sendo 1.402 do lado israelense e 12.300 na Faixa de Gaza. No entanto, esses números não puderam ser verificados de forma independente.
Os primeiros reféns devem ser libertados na quinta-feira (23), de acordo com a imprensa israelense. O governo israelense afirma que mulheres e crianças sob o poder do Hamas serão liberadas dentro de um intervalo de quatro dias, período durante o qual o conflito estará em pausa. O gabinete do primeiro-ministro indicou a possibilidade de prorrogações da pausa no conflito de um dia para cada 10 reféns libertados.
Antes da reunião, Netanyahu assegurou a autoridades de segurança e do alto escalão do governo que a ofensiva ao Hamas será retomada após a libertação dos reféns.