O Exército de Israel anunciou nesta terça-feira (17) que matou Ali Shadmani, chefe do Estado-Maior do Irã em tempos de guerra, durante um bombardeio noturno a um centro de comando no coração de Teerã. De acordo com o comunicado militar, Shadmani era o comandante de mais alta patente do país e uma das figuras mais próximas ao líder supremo, Ali Khamenei. O ataque ocorre no contexto de uma ofensiva aérea em larga escala iniciada por Israel na sexta-feira, após anos de confrontos indiretos entre os dois países.

O conflito entre Irã e Israel já dura cinco dias, e fortes explosões foram registradas nesta manhã em Tel Aviv e Jerusalém, após sirenes soarem por novos lançamentos de mísseis iranianos. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu que os moradores de Teerã deixem a cidade “imediatamente” e afirmou ter mobilizado recursos adicionais para reforçar a defesa no Oriente Médio. Apesar disso, Washington diz não participar diretamente da ofensiva. Trump também declarou que seu retorno antecipado do encontro do G7 no Canadá “não tem relação com cessar-fogo, mas com algo muito maior”.

O aumento da tensão interrompeu as negociações entre EUA e Irã sobre o programa nuclear iraniano. O chanceler Abbas Araghchi questionou se Trump estaria disposto a conter a escalada do conflito, afirmando que uma ligação de Washington poderia levar à retomada do diálogo. Enquanto isso, países europeus pedem a desescalada das hostilidades e o retorno de Teerã às negociações. “Continuaremos esmagando esses covardes pelo tempo que for necessário até que parem de atirar contra o nosso povo”, afirmou o governo israelense.