
A adoção da Inteligência Artificial (IA) tem provocado mudanças significativas no ambiente corporativo, consolidando-se como uma ferramenta estratégica em empresas de todos os portes. Segundo a consultoria McKinsey & Company, 72% das organizações no mundo já utilizam IA, índice que representa um salto em relação aos 55% registrados em 2023. No Brasil, a Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES) estima um crescimento de 150% na demanda por profissionais especializados na área até 2025, reflexo direto da importância crescente da tecnologia para competitividade, sustentabilidade e eficiência.
Douglas Ferro, CEO da empresa de automação inteligente Dreamind, observa que a IA deixou de ser um diferencial e passou a ocupar uma posição central nas decisões corporativas. “Não se trata apenas de automatizar tarefas, mas de integrar sistemas que otimizam processos, ampliam a capacidade analítica e liberam os profissionais para decisões mais estratégicas”, afirma. De acordo com estudos, a IA pode reduzir custos operacionais em até 30% e aumentar a eficiência em 50%, além de diminuir em até 80% o tempo de resposta a incidentes.
A transformação não está restrita a grandes empresas. Com o avanço das plataformas acessíveis e integráveis, pequenos e médios negócios também têm adotado soluções de IA. “Hoje, é possível transformar um canal de WhatsApp em central de atendimento automatizado, por exemplo. Isso nivela o campo de atuação entre empresas de diferentes tamanhos”, destaca Ferro. Ele ressalta ainda que o surgimento do gestor de IA — profissional que articula os recursos tecnológicos com os objetivos do negócio — é fundamental para garantir eficiência e uso ético das ferramentas.
Apesar dos avanços, Ferro alerta que o sucesso da IA depende de planejamento estruturado e de uma visão estratégica sobre sua aplicação. Inspiradas em modelos internacionais, como os adotados por Google e Amazon, empresas brasileiras estão incorporando esse perfil profissional às suas equipes. “A IA não substitui o trabalho humano, mas o complementa, reorganizando funções e ampliando o impacto da criatividade, do julgamento e da sensibilidade humana nas decisões. Quem souber aplicar essa tecnologia com consciência e foco no futuro sairá à frente nessa nova era”, conclui.
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