
O Instituto Banco Vermelho (IBV), entidade brasileira com atuações voltadas para o feminicídio zero, lança nesta quinta-feira (02), no salão nobre do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o “Sinal Vermelho”. Desenvolvida juntamente com a academia de desenvolvedores V3l0z, composta pelo time de alunos e professores de Engenharia de Computação da Uninassau-PE, a ferramenta dará mais visibilidade aos processos de feminicídio no sistema judiciário, impactando diretamente na maior celeridade do andamento dos casos, e promovendo a construção de banco de dados inédito sobre as informações reais do feminicídio em Pernambuco.
Partindo da visão de que os processos de feminicídios no Estado caminham de forma morosa por sua “invisibilidade”, diante de tantos processos que correm no sistema, e em suas mais diversas naturezas, a diretoria do IBV iniciou diálogo com o TJPE em março. “A nossa inquietação pela lentidão no andamento dos casos de feminicídio reflete a angústia das famílias que até hoje choram o assassinato cruel das suas filhas, mães, irmãs, amigas… E somos procurados diariamente por esses parentes, que suplicam ajuda e justiça. Então, em conversas com o TJPE sobre possibilidades para uma melhor forma de dar visibilidade a estes processos, idealizamos o “Sinal Vermelho”, uma ferramenta simples e extremamente eficiente, que inicia aplicabilidade hoje no TJPE e que esperamos que seja usada em todos os tribunais do país”, pontua com ânimo Andrea Rodrigues, presidente do Instituto Banco Vermelho.
O Sinal Vermelho, que funcionará através de um site visa ser uma ponte entre as famílias das vitimais e o poder judiciário, propondo assim uma maior celeridade na resolução de casos de feminicídio. Isso se dará por meio de indicativos de sinalização em cores, tendo como referência a aplicabilidade de um semáforo de trânsito, considerando o tempo de tramitação. Para ter acesso e acompanhar as ações do judiciário, os familiares das vítimas de feminicídio devem preencher e enviar o formulário digital.