
O Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR) iniciou nesta terça-feira (15) uma investigação sob a Seção 301 da Lei de Comércio de 1974, a pedido do presidente Donald Trump, para apurar “práticas comerciais desleais” do Brasil. O relatório cita supostos “ataques do Brasil às empresas de rede social americanas”, além de incluir o Pix entre as práticas potencialmente prejudiciais, por promover serviços de pagamento eletrônico estatais em desvantagem das empresas dos EUA.
O documento também aponta falhas na proteção da propriedade intelectual, citando a rua 25 de Março, em São Paulo, como um dos maiores polos de produtos falsificados do país. Segundo o USTR, “o Brasil não conseguiu abordar de forma eficaz a importação, distribuição, venda e uso generalizado de produtos falsificados, consoles de jogos modificados e dispositivos de streaming ilícitos”, o que “prejudica os trabalhadores americanos cujos meios de subsistência dependem da inovação e criatividade dos EUA”.
Além dessas áreas, a investigação avaliará tarifas preferenciais, aplicação de medidas anticorrupção, tratamento do etanol, desmatamento ilegal e restrições ao comércio digital. Caso sejam confirmadas “práticas abusivas”, os EUA poderão impor sanções ou aumentar tarifas sobre produtos brasileiros, medida que pode gerar novos entraves para a economia do país.