Ginecologia regenerativa e cirurgia íntima ganham espaço na saúde feminina

A ginecologia regenerativa e a cirurgia íntima têm conquistado cada vez mais espaço na saúde feminina, oferecendo alternativas para mulheres que sofrem com desconfortos físicos e emocionais relacionados à região íntima. Procedimentos como a ninfoplastia, conhecida também como labioplastia, ajudam a tratar dores durante relações sexuais, infecções recorrentes e dificuldades de higiene, além de melhorar a autoestima. Segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps), o número de labioplastias aumentou 33% nos últimos anos, com o Brasil liderando o ranking mundial. “Muitas mulheres sofrem devido ao tamanho dos lábios internos, tendo dores e desconfortos ao realizar atividades físicas ou usar roupas mais justas”, explica a ginecologista Israelina Tavares, especialista em ginecologia regenerativa e estética íntima.

A cirurgia íntima pode ser realizada tanto em ambiente hospitalar quanto em consultório, variando conforme a complexidade do procedimento. A recuperação costuma ser tranquila, com recomendações de repouso por sete dias e retorno gradual às atividades físicas e relações sexuais após 30 dias. Além dos benefícios funcionais, a cirurgia também oferece resultados estéticos significativos, especialmente quando feita com tecnologias a laser. Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a ninfoplastia está disponível para casos de problemas funcionais, embora com o método tradicional, utilizando bisturi. “O laser possibilita um corte mais preciso, menor sangramento e recuperação mais rápida”, afirma Israelina Tavares.

Apesar das vantagens, a especialista reforça que não existe um padrão ideal de vulva e que cada mulher deve avaliar cuidadosamente a necessidade da cirurgia, alinhando suas expectativas aos resultados possíveis. “A decisão pela cirurgia íntima deve partir da própria mulher, considerando o impacto na qualidade de vida e bem-estar. Cada caso precisa ser avaliado individualmente”, ressalta a ginecologista, destacando a importância de desmistificar o tema para promover uma abordagem mais acolhedora e informada sobre a saúde íntima feminina.

Foto: Divulgação

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