Fórum Nordeste 2025 reúne especialistas para debater transição energética

O Fórum Nordeste 2025, promovido pelo Grupo EQM, comandado pelo empresário Eduardo de Queiroz Monteiro, discutiu ontem (1º), no Mirante do Paço, no Bairro do Recife, os caminhos para acelerar a transição energética no Brasil. A pauta, que deixou de ser uma questão de futuro para se tornar uma necessidade do presente, reuniu especialistas de diferentes setores para discutir a redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) por meio do uso de fontes renováveis, como combustível de aviação sustentável (SAF), biometano e biocombustíveis marítimos.

O painel, mediado por Renato Cunha, presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), vice-presidente da Fiepe e da Bioenergia Brasil, contou com a participação de Gilberto Peralta, CEO da Airbus Brasil; André Gustavo Alves, diretor Comercial e de Novos Produtos da Cocal; Henrique Araújo, diretor de Relações Institucionais da Copersucar; Mário Campos Filho, presidente da Bioenergia Brasil e da Siamig-MG; e Giuseppe Lobo, diretor-executivo do Bioind. “Até 2030, esperamos ter autorização para voos com 100% de combustível da aviação sustentável. Muitos dizem que o Brasil é importante para a produção do SAF, mas o Brasil não é somente importante, ele é crucial. Sem o Brasil, o programa da SAF não vai dar certo”, destacou Peralta.

André Gustavo Alves apresentou a experiência da Cocal, que em 2023 iniciou a operação da primeira rede exclusiva de gasoduto do Brasil para transporte de biometano. “Em Narandiba, produzimos 13 milhões de m³ de biometano, se dividindo em várias destinações. Com a nova planta que vamos inaugurar, passaremos para praticamente 29 milhões de m³ de biometano”, explicou. Já Henrique Araújo alertou para a urgência do setor marítimo em reduzir impactos ambientais. “No comércio mundial, 80% passa pelo modal marítimo. Na riqueza global, representa 14%. São 6 bilhões de litros de consumo no Brasil. A IMO definiu que será preciso reduzir as emissões do transporte marítimo internacional em 20% até 2030 e chegar a zero até 2050”, afirmou.

O Fórum Nordeste 2025 contou com o patrocínio do Banco do Nordeste, Suape, FMC, Sudene, Copergás e Neoenergia. O evento também tem apoio do Governo de Pernambuco, da Prefeitura do Recife, da Fertine e da NovaBio, além do suporte técnico do Sindaçúcar-PE.

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