
O carnaval é uma época de folia para todas as idades. No entanto, a festividade demanda atenção redobrada para pais e responsáveis que aproveitam a folia junto com as crianças. Roberta Rocha da Silva, mãe de Alice e Isabela, dá a letra: “Para bailinhos externos e durante o dia, muito protetor solar para proteger a pele, muita água para hidratação e independente do horário muito brilho, alegria e se jogar na folia”, disse.
Esses e outros cuidados são fortemente recomendados pelos profissionais, conforme o pediatra e coordenador da pediatria do Hospital Santa Helena, da Rede D’Or, Thallys Ramalho.
O primeiro ponto de atenção levantado pelo profissional é o tempo de exposição das crianças ao sol. “O recomendado é que elas se exponham ao sol até as 9h e depois das 16h. Mas, como sabemos que no carnaval nem sempre é possível, o ideal é que a criança tenha um lugar com sombra para descansar e reaplique o protetor solar várias vezes ao dia”, explica.
Segundo ele, também é indispensável o uso de repelente, que deve ser reaplicado ao longo das horas, conforme recomendação presente na embalagem do produto. Para uma maior proteção contra picadas de insetos, pode-se colocar uma camiseta que proteja até o antebraço da criança — desde que ela seja de um tecido leve.
Com o calor, outra questão relevante é a hidratação. Além de oferecer líquidos, os pais e responsáveis podem levar frutas, gelatinas e comidas frescas para as crianças. De acordo com o profissional, é necessário ainda reparar se elas estão indo ao banheiro e estão se alimentando, uma vez que os pequenos são mais sensíveis ao ambiente do que os adultos.
Fantasias e maquiagem podem ser utilizadas, mas com atenção. “Deve-se usar produtos com certificação e com boa procedência. Ademais, deve-se olhar a classificação indicativa do produto. Crianças que já têm alguma alergia de contato exigem maior atenção”, expõe Ramalho.
“No ano passado, tivemos muitas ocorrências com espuma nos olhos das crianças. Caso haja contato, deve-se lavar com água corrente e procurar atendimento médico. Não se deve aplicar produtos químicos nem colírios antes de ter orientação profissional”, ressaltou o pediatra.
O médico ainda afirma que os pais e responsáveis devem orientar as crianças a não colocar objetos na boca e a mão nos olhos, a fim de evitar doenças transmissíveis. “O ideal é manter hábitos de higiene, como uso de álcool gel e a limpeza frequente das mãos”, conclui.
Fonte: Correio Braziliense