Formado em Direito pela Unicap, pós-graduado em Direito Público, formação técnica em TI-Programação, atuou como Advogado, Delegado de Polícia a 15 anos, Especialista em Investigação de Crimes Eletrônicos com qualificação internacional.

Falsa Agência de Viagens


Nos últimos meses, cresceu o número de vítimas de um golpe que tem se espalhado pelo Instagram e outras redes sociais. Ele envolve perfis falsos de agências de viagem, cuidadosamente criados por criminosos para enganar usuários desatentos e causar prejuízos financeiros.

Como o golpe é aplicado?
Os golpistas criam perfis no Instagram que imitam agências de viagem reais. Copiam o logotipo, o nome da empresa, as fotos e até os pacotes de viagem. Muitas vezes, usam termos como “oficial” ou “turismo” no nome do perfil para parecer mais legítimos. O conteúdo é bem elaborado e patrocinado — o que dá ainda mais aparência de credibilidade.

Esses perfis anunciam pacotes de viagem com preços muito abaixo do mercado, despertando o interesse de pessoas que sonham em viajar para destinos como Maceió, Fernando de Noronha, Natal ou Cancún. O contato é feito via WhatsApp, e o pagamento solicitado por Pix ou transferência bancária, com promoções prestes a se esgotar.

Após o pagamento, os criminosos desaparecem. A vítima só percebe que foi enganada quando o perfil some ou bloqueia o contato. Não há passagem, não há reserva — apenas o prejuízo.

O que está por trás do golpe?
Esse tipo de fraude envolve organização. Os golpistas monitoram agências reais, compram seguidores falsos, utilizam engenharia social e técnicas de marketing para alcançar vítimas. Muitos desses perfis são impulsionados com anúncios pagos, o que amplia o alcance e a credibilidade.

Como evitar esse tipo de golpe?

  1. Desconfie de preços muito baixos. Se está barato demais, provavelmente é golpe.
  2. Pesquise o nome da agência no Google. Verifique se o perfil do Instagram é o mesmo informado no site oficial.
  3. Confirme por telefone ou e-mail institucional. Jamais feche negócio apenas pelo Instagram ou WhatsApp.
  4. Cuidado com o Pix. Evite transferências para pessoas físicas.
  5. Veja a data de criação do perfil. Contas criadas há poucos dias são fortes indícios de fraude.
  6. Pesquise o CNPJ da empresa e da chave Pix. Empresas recém-criadas ou com nome fantasia diverso indicam ser fraude.

E se eu já tiver caído no golpe?

  • Registre um Boletim de Ocorrência imediatamente.
  • Junte todas as provas: prints, nomes, números, comprovantes e URLs.
  • Notifique seu banco. Em alguns casos, é possível bloquear a transação.
  • Judicialize: ingressar no Juizado Especial Cível contra o beneficiário dos pagamentos não demanda custos e pode ser feito online.

Esse tipo de golpe mostra que os criminosos estão se adaptando ao comportamento das vítimas. A armadilha é simples, mas eficiente: aproveita a confiança nas redes sociais, o desejo de economizar e a pressa. A melhor forma de prevenção é a informação.

Formado em Direito pela Unicap, pós-graduado em Direito Público, formação técnica em TI-Programação, atuou como Advogado, Delegado de Polícia a 15 anos, Especialista em Investigação de Crimes Eletrônicos com qualificação internacional.

Notícias relacionadas