Exposição de fotografias feitas por pessoas cegas e com baixa visão está disponível para visitação até a próxima quarta (20)

Foto: Divulgação

A exposição de fotografias, culminância do Projeto “Fotografando Vibrações”, e composta por imagens produzidas por jovens e adultos cegos ou com baixa das cidades de Recife e Caruaru está em cartaz até o próximo dia 20, na Associação Pernambucana de Cegos (Apec), no Recife. A mostra tem cerca de 40 imagens captadas através de equipamentos luminosos analógicos e digitais que se traduzem nas “pinturas com luz”. O material é fruto de oficinas realizadas no ano passado sob o comando do mestre em Artes Visuais Felipe Ferreira e da diretora de fotografia, Juliana Gleymir.

O Projeto “Fotografando Vibrações” contemplou 22 alunos moradores da Região Metropolitana do Recife e de Caruaru com dinâmicas de grupo, práticas fotográficas individuais e em grupo, aulas expositivas com exibição de vídeos e leituras dirigidas. Na formação, eles experimentaram diversos tipos de equipamentos luminosos analógicos e digitais, a exemplo de um artefato baseado no Sequential Wave Imprinting Machine (SWIM), um dispositivo tecnológico que capta e traduz sinais eletromagnéticos tornando-os visíveis em fotografias de longa exposição.

“Nossa ideia é estimular a construção de uma rede de afetos e suporte entre pessoas videntes e não videntes e construir imagens fotográficas que representem o universo vibratório composto por ondas de rádio, wi-fi, som, eletricidade, entre outros no qual todas as pessoas estão imersas. Queremos, a partir do produto final que são as fotografias, provocar nos videntes o sentimento de atenção ao universo invisível, algo corriqueiro para quem não enxerga”, pontua a educadora audiovisual, cineclubista, diretora de fotografia, produtora e educadora do projeto, Juliana Gleymir.

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