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O prefeito de Vitória de Santo Antão, Paulo Roberto Arruda (MDB), recebeu ontem (10) uma visita diplomática de lideranças de Cabo Verde. O encontro teve o objetivo de fortalecer o intercâmbio entre as duas localidades e resguardar a história em comum. A nação estrangeira tem ligação com o município pelo fato de o seu fundador, Diogo de Braga, ser nativo da Ilha de Santo Antão, no país africano.

Na comitiva, estavam presentes o embaixador José Pedro Chantre D’Oliveira, o ministro das Comunidades e ex-presidente da Assembleia Nacional de Cabo Verde, Jorge Santos, além da assessora e também cabo-verdiana, Jaqueline Marques. A equipe foi recebida pelo prefeito e pelo vice, Edmo Neves (PSDB), além de vereadores, servidores e secretários da gestão.

“Eu já tive o privilégio de conhecer o prefeito Paulo Roberto, que é o grande responsável por trazer esse conhecimento das nossas relações históricas. É a segunda vez que estou vindo aqui e isso tudo em Vitória é semelhante à Ilha de Santo Antão. Eu me sinto em casa e destaco a preocupação dele em fazer com que a cidade evolua”, reiterou José Pedro Chantre.

A comitiva visitou o Instituto Histórico e Geográfico de Vitória (IHGVSA), e em seguida participaram da missa das onze na Igreja Matriz de Santo Antão. No calçadão da paróquia, ocorreu o hasteamento das duas bandeiras e uma apresentação da Banda Marcial 03 de Agosto.

Jorge Santos contou estar impressionado com a devoção ao padroeiro vitoriense. “Uma visita muito interessante e nós tivemos uma grande oportunidade de participar da celebração. Tivemos a chance de conversar com jovens, empresários e a comunidade católica da cidade. Eu acho impressionante a devoção que a população tem por Santo Antão”, frisou o ministro.

Os cabo-verdianos também visitaram o Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Severina Andrade de Moura, no Lídia Queiroz. A creche, segunda do município, conta com salas de aula, sala multiuso, ambiente para amamentação, fraldários, rouparia, playground e refeitório, além de profissionais especialistas no desenvolvimento infantil.

“Por muito tempo pouco se falou a respeito de nossa nação irmã. São quase 400 anos de fundação e nunca houve esse relacionamento, que agora é cultural, comercial e dos povos. Fomos fundados por um cabo-verdiano, Diogo de Braga, que saiu de uma ilha para formar nosso povo. Pode ter a certeza que essa relação vai perdurar por muito anos, pois as futuras gerações precisam conhecer as raízes de nossa história. Estamos trabalhando por isso todos os dias”, finalizou Paulo Roberto.