Em comemoração ao Setembro Verde, mês da conscientização e incentivo sobre a doação de órgãos, várias ações estão sendo realizadas no município de Caruaru. O Hospital Mestre Vitalino (HMV) e o Hospital Regional do Agreste (HRA) atuam na captação por meio das Organizações da Procura de Órgãos (OPO) e da Central de Transplantes Macrorregional Agreste.
O Dia Nacional da Doação de Órgãos é comemorado na próxima quarta-feira (27) e será lembrado com diversas ações durante toda a semana. A programação tem início nesta terça (26), com palestra voltada para profissionais da área. Na quarta (27), as atividades começam às 8h, na Via Parque, com equipes que farão um trabalho de orientação e sensibilização da população. Ainda na quarta, às 14h, mais uma palestra será direcionada para enfermeiros, médicos e fisioterapeutas. Na quinta (28) e na sexta (29), serão realizadas rodas de conversa com os pacientes e acompanhantes sobre o processo de doação de órgãos e tecidos. Todas as ações vão ocorrer no Hospital Mestre Vitalino.
“A doação de órgãos é um ato que pode salvar vidas, mas ainda é um tabu para muitas famílias que não compreendem como a doação é realizada”, explica a enfermeira coordenadora da OPO, Janine Duarte.
De janeiro até agora, foram realizadas 03 doações de fígado no HMV e 03 no HRA; 01de rins no HMV e 03no HRA; 25 de córneas em cada unidade; e 03 de coração no HRA. Esses números impactam diretamente na diminuição da lista de espera e na qualidade de vida do paciente que recebe novos órgãos. O Brasil é o 2º maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e é referência por garantir os procedimentos de forma integral e gratuita pelo SUS. Atualmente, há 2911 pessoas na lista de espera em Pernambuco. Os órgãos mais esperados são rim (1591 pessoas) e córnea (1114 pessoas).
“Já tivemos momentos em que a lista de espera por córneas estava zerada, por exemplo. Precisamos fazer esse trabalho de conscientização para dirimir qualquer dúvida e, ainda, orientar a população quanto a fake news que são propagadas com relação a um assunto tão sério e que salva vidas”, reforça Raianne Monteiro, coordenadora da Central de Transplantes Macrorregional Agreste.