Dez vereadores retiram apoio à CPI sobre ONGs e padre Júlio Lancellotti

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Dez vereadores desistiram de apoiar a CPI da Câmara Municipal de São Paulo que visa investigar a atuação de organizações não governamentais (ONGs) e do Padre Júlio Lancellotti em ações sociais no centro da capital paulista. Inicialmente, esses vereadores haviam assinado o requerimento para a abertura da CPI, proposto pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil), mas recuaram após a repercussão negativa sobre a investigação.

A CPI foi protocolada em dezembro do ano passado e, de acordo com Nunes, recebeu 25 assinaturas. O décimo vereador a retirar sua assinatura foi Gilson Barreto (PSDB), que fez uma publicação em suas redes sociais a respeito do caso. “Inicialmente me manifestei a favor da CPI porque é meu dever como vereador fiscalizar entidades, órgãos e secretarias que recebam verbas públicas para prestação de serviços à população. No entanto, depois de estudar melhor o intuito e as consequências dessa iniciativa, conversar com os meus pares e escutar a voz das ruas, concluí que a comissão fiscalizaria as atividades do padre Lancellotti sem que ele participe de qualquer convênio com a municipalidade, e isso eu não posso aceitar. A CPI perdeu a sua finalidade de zelar pelo dinheiro público e não há por que ela seja instalada”, destacou.

Com o recuo dos dez vereadores, a CPI, que necessita da aprovação de 19 vereadores para ser protocolada, aparentemente não teria mais apoio suficiente. No entanto, a Câmara Municipal de São Paulo esclareceu que a retirada de assinaturas do requerimento da CPI tem um papel simbólico e não impede o próximo passo para a instauração da comissão, que é a avaliação no Colégio de Líderes. Com informações da Agência Brasil.

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