
Após os episódios de violência entre torcidas organizadas do Sport e do Santa Cruz no início do mês, deputados estaduais apresentaram três projetos de lei para coibir novos tumultos em dias de jogos. As propostas incluem a criação de um “cadastro de maus torcedores”, que reuniria nomes de envolvidos em atos violentos dentro e fora dos estádios, além da proibição de filiação desses indivíduos a torcidas organizadas. Os clubes também seriam impedidos de vender ingressos para pessoas listadas no cadastro, sob risco de multas que podem chegar a R$ 500 mil em caso de reincidência.
O deputado Alberto Feitosa (PL) propôs duas iniciativas. A primeira prevê a divulgação da lista de torcedores banidos para organizadores dos eventos esportivos, enquanto a segunda determina a criação de um Cadastro Estadual de Torcidas Organizadas, incluindo dados pessoais e antecedentes criminais dos integrantes. Para frequentar os estádios, a adesão ao cadastro seria obrigatória, e torcedores envolvidos em confusões ficariam impedidos de comparecer a partidas por um período de cinco a dez anos.
Já o deputado Joel da Harpa (PL) apresentou um projeto que proíbe a entrada de torcedores com histórico de violência nos estádios. A identificação dos suspeitos ocorreria nas ruas, antes mesmo de chegarem às arenas esportivas. As propostas seguem para análise na Assembleia Legislativa de Pernambuco e, se aprovadas, poderão endurecer as punições contra torcedores que protagonizam cenas de violência no futebol pernambucano.
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