O pequeno animal contribui para a conservação das florestas tropicais
As florestas tropicais, áreas de mata ciliar e jardins floridos das regiões da América Central e da América do Sul são lar de uma espécie de borboleta peculiar: a borboleta do maracujá (Dione Juno).
Reconhecida pela aparência exuberante e pelo seu papel no ecossistema, essa borboleta chama a atenção em meio ao verde das florestas. Ela possui uma coloração laranja vibrante quando vista de cima. Já quando vista por baixo, exibe um padrão de manchas em prata que brilham quando expostas à luz.
Sua presença ou ausência é um indicativo da saúde ambiental, sendo altamente sensível a mudanças climáticas, à poluição e à perda de habitat. “Essa espécie é bem sensível à perturbação ambiental e sua presença é uma indicação de um ambiente equilibrado, como outras borboletas ”, afirma a gerente geral do Parque Dois Irmãos, Marina Falcão.
Além disso, a polinização realizada por essas borboletas contribui para a conservação do meio ambiente, facilitando a reprodução de diversas plantas e contribuindo para a manutenção da diversidade e do equilíbrio nos ecossistemas em que habitam.
O ciclo de vida da borboleta do maracujá passa por diferentes estágios: começa quando a fêmea deposita seus ovos em plantas selecionadas, conhecidas como plantas hospedeiras. Após um tempo, surgem larvas desses ovos, que se alimentam das plantas, crescem e se desenvolvem até o momento em que estão prontas para a metamorfose, chamada de crisálida.
Durante essa fase, as larvas passam por uma preparação para a transformação completa. Esse estágio representa uma mudança, em que o corpo da larva é reestruturado e rearranjado para dar lugar a uma borboleta adulta. Por fim, as borboletas emergem das crisálidas, prontas para voar e dar início a um novo ciclo de vida.
Apesar de ser comumente encontrada no Brasil, essa espécie de borboleta é nativa do México.