
A China anunciou, nesta sexta-feira (11), o aumento das tarifas de importação sobre produtos dos Estados Unidos, passando de 84% para 125%. A decisão foi informada pelo Ministério das Finanças chinês e representa uma retaliação às sanções econômicas impostas pelo presidente americano Donald Trump, que, no dia anterior, confirmou tarifas que somam 145% sobre produtos chineses. Para o governo de Pequim, a medida norte-americana viola regras internacionais e configura um ato unilateral de coerção e intimidação.
Em resposta ao novo “tarifaço”, a missão da China junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) protocolou uma nova queixa contra os Estados Unidos. A representação chinesa afirmou que as medidas adotadas por Washington são desproporcionais e carecem de base legal, classificando a escalada como uma violação das normas do comércio internacional. A crise se acirra em um cenário de sucessivas trocas de sanções comerciais entre as duas potências, iniciadas com aumentos unilaterais promovidos pelo governo Trump sobre centenas de países, com foco especial na China.
O embate tarifário entre os dois países vem impactando mercados e gerando incertezas no comércio global. Nos últimos dias, os Estados Unidos prometeram elevar novamente as taxas sobre produtos chineses, caso o país asiático não recuasse nas retaliações. A China, por sua vez, declarou que seguirá firme na defesa de seus interesses e está preparada para “revidar até o fim”. Enquanto isso, tarifas sobre aço, alumínio e outros setores estratégicos permanecem em vigor, mesmo após os EUA anunciarem uma trégua temporária para outras nações.
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