
A Casa Chagas, em parceria com a Universidade de Pernambuco, o Centro de Pesquisa Ageu Magalhães da Fiocruz e a Secretaria Estadual da Saúde, está realizando, até sexta-feira (19), uma série de atividades educativas sobre a Doença de Chagas. Essas iniciativas visam conscientizar a população sobre a enfermidade e buscar apoio e financiamento para seu diagnóstico e tratamento. Palestras, rodas de conversa, webinars e uma exposição fazem parte da programação, que pode ser encontrada no perfil da Casa de Chagas @casadechagas.
A Doença de Chagas é causada pelo parasita Trypanosoma cruzi, transmitido pelo barbeiro, inseto vetor da doença. Mesmo após 115 anos de sua descoberta, ela ainda representa um grave problema de saúde pública, com cerca de 6 a 7 milhões de pessoas infectadas no mundo, de acordo com a OMS. No Brasil, o estado do Pará registra a maior concentração de casos. Pernambuco já enfrentou um surto relevante no passado, por contaminação oral, e ainda mantém alguns pacientes em acompanhamento.
A transmissão mais comum ocorre através da picada do inseto ou do consumo de alimentos contaminados pelas fezes do barbeiro. Além disso, a doença pode passar de mãe para filho durante a gestação ou o parto, destacando a importância do diagnóstico precoce em mulheres em idade fértil. Os testes para identificação da doença são disponibilizados gratuitamente pelo SUS, inclusive no teste do pezinho em recém-nascidos.
A Dra. Silvia Marinho Martins, coordenadora da Casa de Chagas, destaca os sintomas mais comuns na fase agua, como dor de cabeça, mal-estar, inchaço nos membros e coração acelerado. Nesse casos, a doença, se diagnosticada a tempo, tem cura. O tratamento se concentra no uso de medicamentos para matar o parasita e no controle dos sintomas.
“Na fase crônica, embora não tenha cura, pode haver controle e é esse acompanhamento que é feito na Casa de Chagas”, explica.