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A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos (PCdoB), esteve presente no encerramento da 7ª Marcha das Margaridas, realizada em Brasília (DF) na quarta-feira (16). O evento, que celebra a luta das mulheres trabalhadoras rurais, contou também com a presença do presidente Lula (PT), que anunciou uma série de medidas destinadas a fortalecer a atuação das trabalhadoras do campo, atendendo a reivindicações entregues em julho deste ano.
Durante seu discurso, a ministra Luciana Santos destacou o compromisso do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em atender às necessidades das trabalhadoras rurais. “Não poderia deixar de cumprir e atender às demandas da Marcha das Margaridas, vamos levar conectividade e inovação para as máquinas agrícolas e para a agricultura familiar. O MCTI vai estar presente na vida das Margaridas desse país”, declarou.

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Dentre as medidas anunciadas pelo presidente Lula, estão a retomada do Programa Nacional de Reforma Agrária, que tem como prioridade as mulheres, e a criação do Programa Quintais Produtivos, que visa promover a segurança alimentar e nutricional e a autonomia financeira das mulheres do campo. Dando seguimento à lista de ações, o presidente mencionou o decreto que estabelece o Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios e a retomada da Bolsa Verde, que proporciona auxílio financeiro a famílias que vivem em áreas de proteção ambiental e que vivem em situação de baixa renda. Outra medida é a ampliação da participação social para trabalhadores rurais.
“Esses atos convergem para a autonomia econômica e inclusão produtiva das mulheres rurais”, afirmou o presidente Lula. “(São) prioridades definidas por vocês e demandas que temos o prazer de atender para que as mulheres do campo, das florestas e das águas possam viver com dignidade, tendo assegurados seus direitos civis, políticos e sociais”, completou.
O presidente também destacou a importância de combater a violência de gênero. “É preciso criar uma cultura de respeito no campo e nas cidades. Não toleramos mais discriminação, misoginia e violência de gênero. Não podemos conviver com tantas mulheres sendo agredidas e mortas diariamente dentro de suas casas”, ressaltou.
A participante da marcha, Veronilda de Ribeiro, foi de São Paulo a Brasília para participar do evento pela primeira vez. “Quando unimos forças, gritamos o mesmo grito e dividimos as mesmas dores, essa força vem da união de todas. Queremos reivindicar nossos direitos e a Ciência pode nos ajudar, por exemplo, com inclusão digital”, reforçou.