Amanda Melo da Mota e Cristiano Lenhardt abrem mostra na Amparo 60

Foto: Divulgação

 Murucututu é o nome da exposição de Amanda Melo da Mota e Cristiano Lenhardt que teve início ontem (11), na Amparo 60. Os artistas apresentam 28 obras, algumas produzidas em conjunto, nos últimos meses, e outras de seus projetos e pesquisas individuais que, ao longo do processo, se colocaram em diálogo.

Amanda e Cristiano viveram a efervescência da arte contemporânea no Recife, no início dos anos 2000. Tornaram-se amigos desde aquele período e, ainda que morando em cidades diferentes, mantiveram um profícuo canal de diálogo e de apoio artístico e espiritual. Entre suas poéticas e caminhos sempre houve importantes pontos de intersecção, mas eles nunca haviam realizado uma exposição conjunta, com trabalhos feitos também em conjunto. Foi justamente pela observação da relevância e da densidade dessa troca entre os dois que a galerista Lúcia Costa Santos propôs uma mostra que celebrasse esse encontro.

Segundo a dupla, as obras e toda a base para concepção da exposição nasceram antes mesmo dela estar prevista. No final da pandemia da Covid-19, Amanda visitou seu amigo no Mundo Bicho, ateliê e casa de Cristiano Lenhardt, situado no município de São Lourenço da Mata. Um sítio encravado numa vasta área de mata atlântica, um ambiente rico e provocador. Nessa temporada de Amanda na casa do amigo, eles ouviram um canto grave que vinha da mata, depois descobriram que aquilo que ressoava era do Murucututu, uma coruja cujo habitat é a mata atlântica. Aquele canto foi compreendido como um chamado, como uma convocação para que os dois criassem juntos. 

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